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  • Foto do escritorDr Rodolfo Weidmann

Tenho muitas dores nos ombros!

Dor no ombro:

Escovar os dentes, tomar banho, pentear os cabelos e vestir-se são atividades simples do nosso dia-a-dia, porém quem sobre de alguma enfermidade no ombro pode não conseguir fazer tão facilmente estas ações. A dor no ombro é a terceira das queixas mais frequentes nos consultórios, perdendo somente para dor lombar e nos joelhos. Estima-se que, todos os anos, uma em cada dez pessoas procure ajuda médica por esta causa. A dor no ombro ela pode aparecer de repente, qual chamamos de aguda, ou durar um bom tempo, tornando-se crônica. A maioria das vezes o incômodo é localizado, porém ela pode irradiar-se para o cotovelo, e outros relatam que irradiam para região da escápula. Nem toda dor no ombro é causada por um problema no ombro, há alguns casos em que a dor é irradiada de outra região, como do pescoço, e causa dor nos nossos ombros.


Dor no Ombro - Síndrome do Impacto:

É uma das causas mais frequentes que nós reumatologistas acompanhamos é a Síndrome do Impacto, qual é uma síndrome dolorosa do ombro de natureza multifatorial, microtraumática ou degenerativa, onde o paciente apresenta ou não perda de forças. A síndrome do impacto é caracterizada por tendinite do manguito rotador (que é um conjunto de tendões que ajuda estabilizar nosso ombro), com possibilidade de ruptura parcial ou total de um ou mais tendões. Praticamente em todos os casos, o tendão do músculo supraespinhal representa o local de início da doença. Os sintomas são mais intensos no membro dominante, e normalmente acomete pessoas na faixa dos 40 aos 50 anos.


Dor no Ombro – Tendinite Calcária

Também temos a Tendinite Calcária. Esta é uma patologia que caracteriza-se por possuir três polimorfismos, um na sua clínica, outro nos seus achados radiográficos e outro na forma de evoluir. Esta condição acomete mais mulheres na faixa dos 30 aos 40 anos, muito associada a pessoas com distúrbios endócrinos, especialmente tireidopatias e alterações no metabolismo do estrogênio. É rara após 70 anos e muito mais raro a concomitância com ruptura do manguito rotador. Seu curso clínico é extremamente variável, pode ser desde pessoas sem sintoma algum que só descobre diagnóstico com exame de imagem, até pessoas com dores e limitação extrema. E o achado diagnóstico é a calcificação do tendão, onde forma um verdadeiro abscesso calcificado no tendão ou uma infiltração de vários pontos calcificantes. A sua evolução também é bem variável, algumas pessoas mantém o sintoma, apesar tratamentos, outras evoluem com desaparecimento total dos sintomas e retorno mobilidade ombro.


Dor no Ombro – Capsulite Adesiva (Ombro Congelado)

Outra condição é a Capsulite Adesiva, também chamada de Ombro congelado, qual é uma síndrome clínica que o paciente possui dor e restrição da amplitude do movimento de forma ativa, quando o paciente faz o movimento, e passiva, quando o médico realiza o movimento para o paciente. Também muito associado a tireoidopatias, diabetes, doenças reumatológicas auto-imunes e a história de trauma em tração deste ombro. Ela possui três fases distintas de evolução da doença. A Primeira, durando 3 a 4 meses, é caracterizada por uma dor intensa e uma perda rápida da amplitude do movimento. A segunda-fase a dor passa ser mais noturna, à mobilização forçada ou aos movimentos reflexos, persistindo rigidez articular. A última fase é caracterizada pelo descongelamento do ombro, onde a dor tem pouco significado clínico, porém há recuperação da amplitude do movimento. Esta fase ocorre a partir de 12 a 24 meses do início de todo o quadro.


Dor no ombro - investigação

São muitas causas de dores no ombro, abordei algumas das principais, porém assunto longo. Importante é investigar com seu reumatologista a causa da sua dor no ombro, para ter um correto diagnóstico e tratamento.




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