A Artrite Psoriásica (APso) é uma doença inflamatória crônica e sistêmica que acomete pessoas com psoríase. Acredita-se que cerca de 40% de todos com doença cutânea, também terão manifestação articular que, geralmente, começa apresentar-se na faixa dos 20 a 45 anos, sendo incomum abertura do quadro antes dos 20 ou após 50 anos. Em cerca de 75% dos casos, há primeiro manifestações cutâneas, em 15% o quadro cutâneo e o articular aparecem juntos, porém em 10% a manifestação articular precede a cutânea. O quadro articular da APso pode ser muito amplo, se assemelhando com outras doenças reumatológicas, sendo um dos motivos para que o diagnóstico e tratamento seja conduzido por um Reumatologista, em parceria com dermatologista deste paciente. Didaticamente, podemos dividir em 5 categorias de manifestações da APso:
Artrite Oligoarticular Assimétrica
Artrite envolvendo poucas articulações (até quatro) de forma assimétrica, sobretudo joelhos e pequenas articulações dos pés e das mãos. Com frequência apresenta quadro de entesite e dactilite (dedo em salsicha);
Artrite Poliarticular
Artrite envolvendo várias articulações (acima de cinco), frequentemente acometendo as articulações dos dedos das mãos mais próximas as unhas (articulações interfalangeanas distais). Este quadro pode ser tanto simétrico quanto assimétrico;
Artrite Distal
Artrite exclusiva das articulações interfalangeanas distais, geralmente com acometimento das unhas pela psoríase;
Artrite Mutilante
Quadro mais grave da Artrite Psoriásica que se manifesta por destruições ósseas, reabsorção das falanges e anquilose óssea, levando ao aparecimento de deformidades graves. É uma apresentação rara, podem com importantes conseqüências caso não tratada a tempo.
Espondiloartrite Psoriásica
Apresentação isolada de manifestações no esqueleto axial. A sacroileíte pode se manifestar de forma unilateral ou bilateral de forma assimétrica. Sua ocorrência é em cerca de 5% dos pacientes com APso.
Apesar das subdivisões, pode ocorrer sobreposição entre as formas de Artrite Psoriásica e mudança de um subgrupo para outro ao longo dos anos. Sendo este um dos alertas aos pacientes da necessidade de acompanhamento contínuo e regular, visto que há divergências nos melhores tratamentos disponíveis a depender de qual manifestação articular o paciente esteja apresentando naquele momento.
