Antes de falar sobre o tratamento do lúpus, vou fazer algumas considerações sobre a doença. Não há uma única causa exata, mas um somatório de fatores genéticos, hormonais e ambientais que participam do seu desenvolvimento.
🔸 Existem dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta com manchas ou lesões na pele, principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar, e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos, podendo ou não ter lesões de pele associadas..
Para definir o tratamento, deve-se rastrear o tipo do lúpus, os sintomas, bem como identificar a extensão e gravidade da doença, que pode ser classificada em leve, moderada e grave. Essa classificação permite uma ordenação prática dos medicamentos a serem utilizados.
🔸 O tratamento é sempre individualizado. Pode ser necessário um, dois ou mais medicamentos em uma fase (ativa da doença) e, poucos medicamento em outras fases (não ativas ou em remissão). O tratamento também inclui remédios para regular as alterações em consequência da inflamação sistêmica, como para hipertensão, inchaço nas pernas, febre, dor etc.
Antimaláricos, preferencialmente a hidroxicloroquina, normalmente são prescritos, independentemente da gravidade da doença, além de tratar algumas manifestações, previne a ocorrência de novas manifestações.
Pacientes com lúpus devem ter cuidados especiais com a saúde como um todo, tendo maior atenção com a alimentação e repouso adequado, além de evitar condições de estresse e ter rigorosas medidas de higiene (pelo risco potencial de infecções).
E, por incrível que pareça, a não adesão ao tratamento é uma das mais importantes causas do não controle da doença. É fundamental ter consciência sobre a provável evolução natural da doença e a necessidade de tratamento contínuo. As consultas com o reumatologista, geralmente, são entre 3 e 6 meses. Em casos de doença em atividade, podem acontecer retornos mais frequentes.
Se puder ajudar, estou aqui!
Dr. Rodolfo Weidmann
Reumatologista
RQE 26807